Larissa Bressan é proprietária de uma clínica odontológica de luxo no Itaim Bibi, em São Paulo
A dentista Larissa Bressan, proprietária de uma clínica odontológica de luxo em São Paulo, foi acusada por ex-funcionários de assédio sexual e moral. Eles alegam que a profissional os obrigava a tirarem a roupa na frente dos colegas.
Em vídeo divulgado nas redes sociais, Larissa conta sua história. “Sou cirurgiã-dentista”, diz a proprietária da Hiss Clinical, no Itaim Bibi. “Fiz faculdade de odontologia na Universidade de São Paulo. Fiz reabilitação oral e prótese. Logo em seguida, me apaixonei também pela harmonização facial.”
Áudios que circulam nas redes sociais mostram a forma como Larissa tratava os funcionários. “Cadê meu café, ***?”, pergunta a dentista. “Tu é doida? Não falei para você que era para ter um café aqui às 8 horas? O que aconteceu, um derrame cerebral? Então, vai!”
O programa Fantástico, da TV Globo, ouviu 11 ex-funcionários da Hiss Clinical. Eles relataram sofrer toques inapropriados e constrangimento sexual. “Ela abaixava as calças, mostrava as partes íntimas dela”, contou uma ex-funcionária. “Ela passava a mão, fazia as pessoas cheirarem.”
Outro ex-funcionário criticou Larissa. “Com os pacientes, era a doutora perfeita”, afirmou. “Mas, por trás daquelas paredes, com os funcionários, era totalmente diferente.”
Em um dos áudios que circulam nas redes sociais, é possível ver a dentista reclamando com uma funcionária. “Como é que você pega uma coisa 110 e me enfia 220, se tem uma etiqueta gigantesca mostrando 110?”, pergunta. “Não acredito. Vocês queimaram o motor elétrico de novo. Juro por Deus que, se tivesse a possibilidade, se pudesse, te jogava do 12º andar.”
Dois ex-funcionários entraram na Justiça do Trabalho contra Larissa. As primeiras audiências estão marcadas.
Em nota, a defesa de Larissa disse que, “em 11 anos de consultório, nunca houve notícia a respeito dos fatos” divulgados pelo Fantástico. Os advogados alegam também que não houve nenhuma reclamação formal. Larissa afirma que passou a sofrer ataques depois de demitir um funcionário. Diz ainda que é alvo de uma “campanha de discurso de ódio”.