Israel Katz se manifestou por meio de uma rede social, nesta quarta-feira
Nesta quarta-feira (6), o ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, citou Lula e o relatório de especialistas da Organização das Nações Unidas (ONU), que apontou “motivos razoáveis” para acreditar que o grupo terrorista Hamas estuprou mulheres durante os ataques realizados em Israel, em outubro de 2023. Ele se manifestou por meio das redes sociais.
Katz já havia criticado Lula outras vezes. Ele marcou o presidente brasileiro, na rede social X, e destacou que o petista não deve se esquecer “quem ele apoia contra Israel”.
“Que o presidente @LulaOficial não esqueça quem ele apoia contra Israel. Foi publicado o relatório da representante da ONU sobre os graves crimes sexuais cometidos pela organização terrorista Hamas e o assassinato de mulheres, e jovens israelenses no massacre de 7 de outubro, e os ataques feitos nas sequestradas em cativeiro”, ressaltou o ministro israelense.
RELATÓRIO DA ONU
Na última segunda-feira (4), especialistas da Organização das Nações Unidas (ONU) disseram que há “motivos razoáveis” para acreditar que o grupo terrorista Hamas cometeu estupro, tortura sexual e outros tratamentos cruéis e desumanos contra mulheres durante os ataques realizados em Israel, no dia 7 de outubro de 2023. As informações são do G1.
“Foram reunidas informações circunstanciais críveis, que podem ser indicativas de algumas formas de violência sexual, incluindo mutilação genital, tortura sexual ou tratamento cruel, desumano e degradante”, aponta o relatório.
O documento tem 24 páginas e foi produzido pela equipe de Pramila Patten, enviada especial da ONU para violência sexual em conflitos. Ela visitou Israel e a Cisjordânia entre os dias 29 de janeiro e 14 de fevereiro para reunir, analisar e verificar informações sobre violência sexual relacionada aos ataques do grupo terrorista.
Patten indicou ainda que há “motivos razoáveis para acreditar que tais violências podem estar em curso”.
“A equipe da missão encontrou informações claras e convincentes de que alguns reféns levados para Gaza foram submetidos a várias formas de violência sexual relacionadas ao conflito e tem motivos razoáveis para acreditar que essa violência possa estar em curso”, defende o relatório.
Ela não conseguiu se reunir com nenhuma vítima de violência sexual. Membros da equipe de Patten realizaram 33 reuniões com instituições israelenses e entrevistaram 34 pessoas, incluindo sobreviventes e testemunhas dos ataques de 7 de outubro, reféns libertados, provedores de saúde e outros.
“Há motivos razoáveis para acreditar que ocorreu violência sexual relacionada a conflitos durante os ataques de 7 de outubro em vários locais ao longo da periferia de Gaza, incluindo estupro e estupro em grupo, em pelo menos três locais”, avaliou Patten.
A equipe descobriu “que vários corpos totalmente nus ou parcialmente nus da cintura para baixo foram recuperados – principalmente mulheres – com as mãos amarradas e atingidos várias vezes, muitas vezes na cabeça”.