Declaração do presidente foi proferida durante live realizada nesta quinta-feira, 22
O presidente Jair Bolsonaro voltou a participar nesta quinta-feira, 22, da tradicional live realizada no YouTube. Durante a conversa com os internautas, o chefe do Executivo federal falou sobre o imbróglio envolvendo a Sinovac, farmacêutica chinesa que produz a vacina CoronaVac; a crise econômica da Argentina, assolada pela pandemia de coronavírus; e a extrema pobreza dos venezuelanos, que buscam recomeçar a vida no Brasil.
Sinovac
Segundo Bolsonaro, a Controladoria-Geral da União e o Ministério da Justiça vão investigar as razões de a Sinovac vender doses da CoronaVac por US$ 5 cada uma, ao passo que o Butantan, representante exclusivo da empresa no Brasil, vende o imunizante por US$ 10. “Quem sabe possa existir alguma justificativa”, disse o presidente.
Argentina
O chefe do Executivo federal diz torcer pela melhora dos índices econômicos da Argentina, prejudicados pela pandemia do novo coronavírus e pela gestão do atual presidente, Alberto Fernández. “Queremos vizinhos prósperos, livres e democráticos”, afirmou. “A inflação anual da Argentina bateu 50%, o país está endividado. A situação não é fácil.”
De acordo com Bolsonaro, a nação vizinha adotou uma das medidas restritivas mais rígidas durante a crise sanitária. “É um dos países com mais mortes por milhão de habitantes; é um sinal de que o ‘fique em casa’ não tem comprovação de eficácia”, asseverou. “Na prática, estamos vendo que essas decisões não deram certo.”
Imigrantes venezuelanos
O presidente Jair Bolsonaro afirma que o Brasil recebe imigrantes venezuelanos constantemente. “Quando as ditaduras tomam conta de um país, o povo perde sua liberdade. Foi assim na Venezuela”, observou. “A população mais pobre está fugindo, a pé, para o Brasil. A grande maioria é composta de mulheres, carregando dois ou três filhos.”
Conforme o chefe do Executivo federal, a Venezuela foi destruída pelo ditador comunista Hugo Chávez. “O país era riquíssimo, com petróleo e ouro em abundancia”, afirmou. “Mas Chávez aproveitou o alto preço do barril de petróleo e estendeu os programas sociais. Quando o preço do petróleo caiu, os venezuelanos caíram na realidade.”