Espectadores passaram mal durante uma apresentação da ópera Sancta, na cidade de Stuttgart, sudoeste da Alemanha. De acordo com a mídia alemã, houve um total de 18 intervenções de primeiros socorros, e um médico chegou a ser chamado para atender três pessoas.
A apresentação ocorreu no último final de semana. A obra mostra sexo lésbico explícito, nudez e uso de sangue real no palco. Em um momento, uma das atrizes corta a própria pele e faz um “grelhado” do tecido humano no palco. Esta seria uma das cenas que mais impactou o público.
A apresentação também incluiu piercing ao vivo, freiras nuas de patins, uma atriz engolindo uma espada em formato de cruz e uma mulher com nanismo vestida com as roupas do papa. O elenco é todo composto por mulheres. A peça tem duração de duas horas e 45 minutos.
No site da ópera, há a descrição de conteúdo explícito:
“Esta performance retrata atos sexuais explícitos, bem como representações e descrições de violência (sexual). Também apresenta sangue real e sangue cenográfico, processos de perfuração e a inflição de feridas. A performance inclui efeitos estroboscópicos, alto volume e incenso”, diz o texto.
A obra se propõe a ser uma “crítica à religião e um exame crítico da violência religiosa e social”.
“O foco da noite é a espiritualidade e a sexualidade”, diz outro trecho da descrição.
Quando estreou em Viena, na Áustria, Sancta já havia sido criticada pela Igreja. Segundo o teólogo vienense Jan-Heiner Tück, a história da freira que decide se liberar sexualmente é um clichê batido e “uma narrativa um tanto simplista”.
Sancta é uma releitura da ópera Sancta Susanna, montada originalmente em 1922, de autoria do alemão Paul Hindemith. A história é de uma jovem freira chamada Susanna, que está descobrindo a sexualidade.