Próxima escolha para o STF deve ficar entre Martins e Mendonça

Senador Flávio Bolsonaro indicou que estes são os nomes analisados pelo presidente

A escolha do presidente Jair Bolsonaro para a próxima vaga de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) parece estar começando a se fechar, ou ao menos os nomes começam a ficar mais restritos. Foi o que indicou uma declaração do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) ao jornal O Globo.

De acordo com Flávio, os dois nomes analisados pelo presidente Jair Bolsonaro para assumir a Suprema Corte no lugar do atual ministro Marco Aurélio Mello são André Mendonça, atual advogado-geral da União, e Humberto Martins, presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

– Meu candidato é o que o presidente Jair Bolsonaro mandar. Os nomes avaliados hoje pelo presidente são o do André Mendonça e o do Humberto Martins. Os dois são capacitados, evangélicos, como quer meu pai, e seriam boas escolhas para o Supremo Tribunal Federal – disse o senador ao jornal.

Bolsonaro prometeu que para a próxima vaga no STF indicaria um nome “terrivelmente evangélico”. Seu primeiro indicado, Kassio Nunes Marques, não se enquadrava no perfil, mas o presidente refez a promessa e se comprometeu a levar essa questão em conta na próxima indicação.

Em um encontro com lideranças evangélicas no início da semana, no Planalto, Bolsonaro sinalizou que deve indicar Mendonça ao cargo. Já o nome de Humberto Martins teria um apelo estritamente político. Natural de Alagoas, Martins tem boa relação com Renan Calheiros, escolhido para relatar a CPI da Covid, e um bom trânsito no Senado.

Bolsonaro também já sinalizou a interlocutores que o procurador-geral da República, Augusto Aras, não tem chance de ser indicado para esta vaga, mas que ele seria um nome forte a uma cadeira no STF na primeira oportunidade que surgir caso Bolsonaro seja reeleito.

Nas últimas semanas, seja em conversas com apoiadores no Palácio da Alvorada, seja em sua live semanal, Bolsonaro, em tom de alerta, vem antecipando um dos pontos que pode usar na sua campanha pela reeleição: o vitorioso do pleito do ano que vem irá indicar, nos seus primeiros seis meses de mandato, dois ministros para o STF.

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