Desligamento da educadora motivou protesto de estudantes em Joinville
A professora Maria Elisa Máximo, que atuava na Faculdade Ielusc, em Joinville, Santa Catarina, foi demitida pela instituição nesta terça-feira (18). A informação foi confirmada pela própria educadora ao jornal A Notícia. Ela estava afastada desde o dia 3 de outubro após fazer uma postagem nas redes sociais na qual ofendeu eleitores do presidente Jair Bolsonaro (PL) na cidade.
Na publicação, que motivou o inicial afastamento e a posterior demissão, a professora chamou a cidade de Joinville de “esgoto do bolsonarismo” e escreveu que havia “gente brega, feia e fascista pra todos os lados”.
‘Joinville sendo o esgoto do bolsonarismo, pra onde escoou os resíduos finais da campanha do imbroxável inominável. Não tem quem escape: há gente brega, feia e fascista pra todos os lados”, escreveu a professora.
Na época do afastamento, a faculdade afirmou que o posicionamento da instituição era “de neutralidade política, por ser apartidária” e disse que já havia enviado um comunicado aos professores e funcionários da entidade pedindo que posicionamentos pessoais que pudessem ser vinculados como sendo da instituição fossem evitados.
PROTESTO INTERROMPE CULTO
A demissão de Maria Elisa motivou uma manifestação realizada por estudantes e militantes de esquerda na noite desta terça-feira (18) em Joinville, Santa Catarina, que interrompeu a celebração de um culto da tradicional e centenária Igreja da Paz, templo protestante que fica no Centro da cidade catarinense.
Durante o ato, o grupo ingressou na área onde fica uma das unidades da Faculdade Ielusc, na qual também está localizada a igreja, e entrou no Centro Cultural Deutsche Schule, que integra a área da unidade educacional luterana e reúne as salas da direção, secretarias e coordenações dos cursos.
Com gritos de “ocupar e resistir” e bandeiras de partidos de esquerda, a manifestação acabou provocando a interrupção do culto de oração que acontecia, ao mesmo tempo, na igreja. Diversos membros da instituição religiosa fizeram postagens nas redes sociais, que foram compartilhadas pelo perfil da igreja, lamentando o fato.
“Nossa solidariedade à nossa querida igreja pelos inconvenientes e [pela] desrespeitosa manifestação durante o culto de hoje”, escreveu uma das fiéis.