Renato Brill de Góes pediu que presidente fosse multado por acusação de propaganda antecipada
O vice-procurador-geral Eleitoral, Renato Brill de Góes, pediu dispensa do cargo nesta semana. O comunicado foi enviado na última terça-feira (22) ao procurador-geral da República, Augusto Aras, e divulgado nesta quinta-feira (24).
Brill de Góes era considerado o número dois da Procuradoria-Geral da República na área eleitoral e atuava no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em substituição ao titular da PGR, Augusto Aras. Como procurador-geral da República, Aras é também o procurador-geral Eleitoral.
No ofício enviado a Aras, Brill de Góes afirmou que solicitou o desligamento por motivos pessoais. A saída oficial do cargo deve ocorrer em julho. O vice-procurador-geral foi indicado por Aras para o cargo em março de 2020. Com a saída, caberá novamente ao chefe da PGR apontar um substituto.
A saída acontece alguns dias após o procurador apresentar uma ação ao TSE, no último fim de semana, na qual defendeu que o presidente Jair Bolsonaro fosse multado por propaganda eleitoral antecipada. De acordo com Brill de Góes, a conduta teria sido caracterizado após Bolsonaro exibir uma camiseta com a mensagem “É melhor Jair se acostumando. Bolsonaro 2022”.