Prisão de Naime é ‘desumana e ilegal’, reclama coronel

‘Carta aberta’ direcionada ao ministro Alexandre de Moraes foi divulgada na segunda-feira 17

O ex-diretor-geral do Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF) e coronel da reserva da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) Jair Tedeschi escreveu uma “carta aberta” ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. No material, ele afirma que a prisão do coronel Jorge Eduardo Naime é “desumana e ilegal”. O documento foi divulgado pelo site Metrópoles.

“Não poderia vossa excelência, como ministro da Corte maior de justiça, insistir nessa situação”, afirma Tedeschi na carta. Naime está preso há pouco mais de cinco meses por suspeita de conivência com ações de vandalismo ocorridas no dia 8 de janeiro, em Brasília.

O coronel era comandante do Departamento de Operação (DOP), a quem cabia fazer o planejamento de contenção dos manifestantes. No entanto, Naime saiu de folga uma semana antes dos atos. Ele foi substituído pelo também coronel Paulo José Ferreira.

Em outro trecho, Tedeschi diz que “se não há culpa formada, não há por que manter o coronel Naime, cidadão, restrito de sua liberdade”. “Vossa excelência insiste erroneamente neste mister”. Além disso, “o Estado tem na pena de prisão seu instrumento maior de restrição da liberdade individual”, escreveu.

Saúde de coronel Naime desperta preocupação

Preso por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF) na investigação que apura a conduta da Polícia Militar (PM) nos ataques de 8 de janeiro, o coronel da PM do Distrito Federal Jorge Eduardo Naime passou mal no quartel onde está detido na madrugada de quinta-feira 13. Ele teve que ser levado às pressas para um hospital da rede pública.

Segundo relato de seu advogado, Gustavo Mascarenhas, o coronel teria desmaiado na prisão. Um policial que cuida da custódia ouviu barulho na cela e correu para socorrer Naime. Ainda de acordo com relato do advogado, o membro da PM foi levado ao Hospital de Base, medicado e já retornou à prisão.

“O policial da custódia ouviu um barulho, o encontrou desacordado, provavelmente bateu a cabeça, por isso fez barulho, e ele foi levado ao hospital imediatamente”, disse Mascarenhas. “Ainda estamos esperando o resultado dos exames. Provavelmente foi crise de hipoglicemia, porque ele tinha já um quadro de pré-diabetes.”

Fonte: Revista Oeste