Presidente socialista do Peru é alvo de protestos

Pedro Castillo responde a seis processos de corrupção

Uma multidão foi às ruas exigir a renúncia do presidente do Peru, Pedro Castillo, acusado de corrupção. No sábado 5, os manifestantes ocuparam a Avenida da Emancipação, principal via da capital, Lima. Outras cidades também registraram atos contra o socialista, entre elas, Piura, Chiclayo e Cusco.

“Estamos aqui representando milhões de peruanos”, disse Carola Suarez, uma das manifestantes, à agência de notícias AFP. “O Peru não aguenta mais. Estamos à beira de um precipício. Economicamente, tudo estagnou.”

Os protestos ocorreram 15 dias depois da chegada de uma comissão da Organização dos Estados Americanos (OEA), que busca analisar a situação política do país em crise.

Manifestantes não querem “governo corrupto” do presidente do Peru

Em 12 de outubro, o Ministério Público do Peru apresentou uma acusação contra Castillo. Ele é acusado de integrar uma facção criminosa, tráfico de influência e conluio. No total, o socialista responde a seis investigações.

Durante um pronunciamento no mesmo dia dos protestos, Castillo afirmou que as acusações são “perseguição”, e que sua família não está envolvida em crimes. Para o líder de esquerda, seus opositores são “inimigos do povo”. O presidente do Peru descartou renunciar.

Mobilização dos órgãos nacionais

A Polícia Nacional do Peru foi convocada para conter as manifestações. No entanto, informou em sua conta oficial no Twitter que o protesto é “ordeiro” e um “direito de cidadão”.

A Defensoria Pública do Peru pediu que a polícia conduzisse “uso racional” do gás lacrimogênio. “Evitem o uso de cavalos em mobilizações e protestos conforme determinação do Poder Judiciário”, orientou o órgão.

COMPARTILHAR