“Se depender de mim, vai continuar falando que foi golpe”, afirmou Hélio Doyle
Durante uma entrevista, Hélio Doyle, presidente da Empresa Brasil de Comunicações (EBC), afirmou que se depender dele, o impeachment de Dilma Roussef (PT) seguirá sendo chamado de “golpe”. A declaração foi feita nesta quarta-feira (1º), ao jornal Folha de S.Paulo.
“Se depender de mim, vai continuar falando que foi golpe. Gostem ou não gostem. Agora, a linha editorial da empresa, a gente tem que discutir melhor. Estou falando de caráter pessoal”, disse Doyle.
Em janeiro de 2023, a companhia foi alvo de críticas por adotar o uso de linguagem neutra. A empresa decidiu publicar uma matéria com o título Parlamentares eleites reúnem-se pela primeira vez em Brasília.
A matéria foi sobre o objetivo do 1º Encontro de LGBT+eleites, que aconteceu em Brasília (DF), a respeito dos desafios da comunidade LGBTQIA+. O deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ) e o jornalista e ex-presidente da Fundação Palmares, Sergio Camargo criticaram a escolha da empresa.
Ainda em entrevista concedida ao jornal Folha de S.Paulo nesta quarta, o dirigente da EBC afirmou que antigos diretores da companhia tiveram “um problema no jornalismo, uma falta de sensibilidade”. O presidente se referia aos atos do dia 8 de janeiro na Praça dos Três Poderes.
Hélio Doyle, chefe da EBC, foi anunciado como chefe da empresa pública no dia 26 de janeiro por Paulo Pimenta, ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República.