Em entrevista ao programa os Pingos nos Is, da Jovem Pan, nesta segunda-feira (21), o diretor da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo – CEAGESP – Coronel Melo Araújo, apresentou um áudio que recebeu de uma moradora de Araraquara, cidade do interior de São Paulo, que passa por mais um lockdown, desde domingo (20)
Segundo ela, que chora muito enquanto faz o relato, a situação é desesperadora, e as estão proibidas de sair na rua e com dificuldade até para se alimentar:
“Coronel, por favor, ajuda a gente, em nome de Jesus, ajuda a gente”, diz ao final da mensagem.
Entre várias aberturas e fechamentos e diversas restrições em períodos específicos, este é o segundo lockdown mais extremo imposto pelo prefeito de Araraquara, o petista Edinho Silva (ex-ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência, no governo Dilma Rousseff), desde março do ano passado.
Nem mesmo os serviços de entrega de bares e restaurantes poderão funcionar, até as 6 da manhã desta terça-feira (22). Para sair ou entrar na cidade é preciso mostrar um documento que comprove o recebimento da segunda dose da vacina contra o novo coronavírus, e até os supermercados ficarão fechados até as 6 da manhã de quarta (23). As restrições seguem por 10 dias.
Segundo o coronel Melo, o CEAGESP, responsável pelo abastecimento de alimentos em Araraquara, está impedido de fazer a distribuição no município. Ele narra que em um dos períodos de medidas mais extremas, a instituição levou 100 toneladas de alimentos e distribuiu 18 mil cestas básicas, e que foi abordado por muitas pessoas que alegavam não ter o que comer, em uma situação que comparou a um “pós-guerra”.
Melo conta ainda que, neste novo decreto de fechamento, em uma atitude política, Edinho Silva impediu a abertura dos entrepostos (CEASA) para distribuição de alimentos, e represália à ação de ajuda aos moradores. Vale lembrar que o diretor do CEAGESP assumiu o cargo após a indicação do presidente Jair Bolsonaro.
“É um crime contra a humanidade”, disse Melo
Eis o retrato da Venezuelização do país, em caso de volta do PT ao poder.