Ao menos 58 cidades paulistas já anunciaram o cancelamento do evento popular
Ricardo Nunes (MDB), prefeito de São Paulo, disse que é incoerente falar em cancelamento do Carnaval de 2022, bem como dar certeza de sua realização. De acordo com ele, o ponto de vista é técnico.
“[Anunciar agora o cancelamento] pode ser por outros motivos, porque quer fazer bonito para alguém, porque não escuta área técnica, para criar um fato. Tecnicamente, hoje é incoerente dizer que não vai ter, ou dizer que vai ter com certeza”, disse em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, nesta quinta-feira (25).
Para Nunes, prefeitos que se pronunciaram até o momento sobre a festa o fazem sem “estudo”.
“Tenho visto muitos prefeitos falarem que vai ter, [ou] que não vai ter, baseados em algo que não existe. Não tem estudo, não tem nada. Vai ser no final de fevereiro, começo de março. A gente está para liberar o uso de máscaras no estado, [o] número de óbitos [vem] caindo, [o] número de vacinados [vem] subindo. A gente tem muita probabilidade de, ao chegar em fevereiro, estar em uma situação muito mais confortável e segura”, acrescentou.
O prefeito disse que não deixará de promover o Carnaval se o mesmo puder ser feito com segurança, pois gera emprego e renda, além de diversão às pessoas, após anos enfrentando a pandemia.
O governo de São Paulo anunciou a liberação de máscara em ambientes abertos a partir do dia 11 de dezembro. Na capital, Nunes afirma que aguarda até o dia 5 de dezembro para saber se fará o mesmo.
“A gente deve muito possivelmente [liberar]… [já] que nos estudos se apresentava quais são os indicativos pra poder fazer a liberação do uso da máscara. A gente deve chegar no dia 5 com uma situação de poder flexibilizar e não exigir mais a obrigatoriedade do uso da máscara em espaços abertos. Se confirmando, a gente acompanha o estado e, no dia 11, muito possivelmente a gente vai liberar o uso da máscaras em locais abertos”, declarou.