Prefeito de Mirandópolis (SP) fala em perseguição após ser multado por manter o comércio aberto

O Ministério Público do Estado de São Paulo puniu Everton Sodario em R$ 40 mil e derrubou um decreto municipal

O prefeito de Mirandópolis, Everton Sodario (PSL-SP), está com os bens bloqueados e terá que pagar uma multa de R$ 40 mil por manter o município com a economia funcionando. A decisão é do Ministério Público do Estado (MP-SP), acionado pelo governador João Doria (PSDB). A gestão tucana está notificando cidades que não cumprem o plano de contingência da covid-19 — vigora no território paulista a fase emergencial, a mais restritiva.

“Estamos ajuizando recursos, e estou representando os promotores perante os órgãos responsáveis, porque ficou claro que se trata de perseguição pessoal. Há muito tempo, queriam me multar, e conseguiram”, declarou Sodario à Revista Oeste, nesta quinta-feira, 25. “Acredito que o Tribunal de Justiça vai compreender o absurdo que estão fazendo contra um prefeito que tem tomado todas as medidas para defender a vida das pessoas”, acrescentou.

“O MP-SP tem atuado com subserviência a Doria”, afirma Sodario

Além da sanção administrativa, o entendimento do MP-SP inviabilizou o decreto que mantinha o comércio aberto. Quaisquer ordens de Sodario nesse sentido serão derrubadas. Ele explica que já considerou a possibilidade de acionar a Câmara Municipal de Mirandópolis de modo a ampliar as atividades essenciais através de leis. Contudo, lembra que, em outros municípios, a medida não tem dado certo devido à atuação do governo estadual.

“Se for o preço da liberdade, pagarei com prazer”, diz o prefeito

Sodario comentou, também, o avanço da covid-19 em Mirandópolis. “Tivemos quase um ano de tranquilidade (12) óbitos. Nós abrigamos um hospital estadual, que é referência. E, por conta da negligência de Doria na criação de leitos, há pouco mais de um mês, começamos a receber pacientes de Araraquara (SP) e região, com infectados da nova cepa. Então, houve o aumento de casos”, concluiu, ao salientar que não há colapso da saúde no município.

Fonte: Revista Oeste

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