A escalada de preços é reflexo da retomada da cobrança de tributos anunciada pelo governo Lula
Postos de combustíveis em São Paulo vendem o litro da gasolina por mais de R$ 8. A escalada dos preços é reflexo da retomada da cobrança de tributos federais sobre a gasolina e o etanol, anunciada recentemente pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva. A medida está em vigor desde 1º de março.
O motorista que abastece na Rua Bela Cintra, por exemplo, encontra o litro da gasolina por R$ 8,49. Em outros postos da região central da capital paulista, o preço pode cair um pouco: R$ 7,19.
Na Avenida Brigadeiro Faria Lima, zona sul de São Paulo, o litro da gasolina custa R$ 6,99. O mesmo valor é verificado em um posto na Rua Amaral Gurgel, número 387, no centro.
De acordo com levantamentos das consultorias Ticket Log e Triad Research, o preço médio no Estado subiu: R$ 5,30. Antes do anúncio do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o preço médio do combustível em São Paulo era de R$ 5,05.
O preço médio do etanol também subiu. Conforme a Triad Research, o valor saltou de R$ 4,12, em 27 de janeiro, para R$ 4,21. A consultoria verificou mais de 1 milhão de preços de 586 mil pesquisas em quase 32 mil postos.
A volta do imposto
Na terça-feira 28, Haddad anunciou a retomada do PIS/Cofins. Em paralelo à cobrança sobre o preço da gasolina, o governo federal também anunciou a volta de impostos para o etanol, com alíquota de R$ 0,02.
No ano passado, o então presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), assinou a desoneração fiscal sobre os combustíveis em tributos como PIS/Cofins e Cide. A isenção para a gasolina e o álcool, que terminaria em 1º de janeiro, foi prorrogada pelo governo Lula até o fim de fevereiro.