Equipamento é considerado prejudicial ao trabalho dos agentes
Pré-candidato a governador do Estado de São Paulo pelo Republicanos, o ex-ministro da Infraestrutura Tarcísio Gomes de Freitas disse que pretende pôr fim às câmeras de vigilância nas fardas dos policiais. O uso do equipamento foi uma das principais ações do governo João Doria, determinada em 2020.
“Caso seja eleito, Tarcísio vai acabar com a obrigatoriedade de câmeras no fardamento policial, por considerar que a forma mais efetiva de combate ao crime é garantir treinamento contínuo e capacitação de qualidade para a tropa, de modo a assegurar a capacidade de agir de acordo com as circunstâncias enfrentadas nas ruas de São Paulo”, informou a assessoria de Tarcísio.
Em entrevista concedida ao site Money Report na semana passada, Tarcísio disse que as câmeras limitam a ação dos policiais e podem ser uma ameaça para eles. “Passa-se por determinadas situações em que você não tem tempo de pegar num telefone e ligar para alguém para saber o que tem que fazer”, afirmou. “Você tem de tomar a decisão. A câmera ali é uma razão pela qual o policial não toma a decisão. Se ele não toma a decisão, ele pode pagar com a vida, e se ele toma a decisão, ele depois vai ser afastado da rua, responder processo.”
Atualmente, há quase 6 mil câmeras em funcionamento no Estado, e o governo prevê ultrapassar a marca de 10 mil em 2022. Acoplado à farda, o equipamento é utilizado para registrar intervenções dos agentes em vídeo e áudio.