PP divulga carta criticando aborto, drogas e o governo Lula

Documento é uma reafirmação sobre valores partidários em meio à falta de coesão que assola a sigla

Reagindo ao embarque de André Fufuca (PP-MA) e à adesão do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), ao governo Lula, o Partido Progressista (PP), presidido pelo senador Ciro Nogueira (PP-PI), aprovou uma “Agenda Central” esclarecendo e reafirmando valores inegociáveis da legenda e que terão de ser seguidos por todos os correligionários.

A cartilha de princípios defendidos pela sigla foi elaborada pela ex-ministra da Agricultura Tereza Cristina e ratificada por Ciro Nogueira. Nela estão contidas pautas conservadoras como a criminalização do aborto e a valorização da família como “pilar central na formação de indivíduos”, e, também, o posicionamento enfático contra a descriminalização das drogas.

O documento também se manifesta contra a prática de corrupção, contra invasões de propriedades, em prol de “políticas fiscais equilibradas” e defendeu que estatais estejam norteadas por “mérito e competência, alinhadas a uma gestão transparente e voltada para resultados”.

O manifesto aprovado pela executiva nacional do partido evidencia o racha entre as alas da Câmara e do Senado. Fufuca, quando nomeado para o governo petista, foi imediatamente afastado da executiva estadual do PP, medida que retrata a falta de coesão partidária.

A carta ressalta que “a verdadeira democracia e pluralidade se refletem no respeito à diversidade e na valorização de cada vida. Defender a liberdade religiosa é não só uma expressão da essência democrática, mas também um reconhecimento da riqueza cultural e espiritual de nosso povo”.

“A valorização da vida desde sua concepção até a terceira idade emerge como um pilar fundamental para moldar uma sociedade mais cuidadosa e respeitosa. Enfatizamos que todas as vidas possuem valor inestimável, e este princípio abrange desde os não nascidos até mulheres grávidas, famílias e idosos”, diz o documento.

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