Leonardo Grandini revelou o assédio de lideranças petistas nesta sexta-feira, 21, durante o programa Linha de Frente
O jornalista Leonardo Grandini, da Jovem Pan, revelou nesta sexta-feira, 21, ter sofrido ameaças do Partido dos Trabalhadores depois de ter repudiado a censura imposta à emissora pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e pela campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), candidato ao Palácio do Planalto nas eleições deste ano.
Durante o programa Linha de Frente, Grandini mostrou as mensagens que recebeu de uma das dirigentes nacionais do partido. A petista afirma, em publicações no WhatsApp, que o jornalista “não tem legitimidade nem autoridade” para denunciar as decisões do PT. “Cabe processo na comissão de ética, o que será avaliado pela executiva nacional da Juventude do PT em nossa próxima reunião”, disse a liderança partidária.
“Infelizmente, o Brasil passa por uma situação extremamente complicada”, observou Grandini. “Lutamos muito por liberdade, inclusive a esquerda, durante os anos de ditadura militar. Muito me espanta que, em 2022, parte significativa da esquerda brasileira, nomes graúdos, compactuem com absurdos como o que está acontecendo com a Jovem Pan.”
Filiado ao PT, o jornalista criticou a decisão do partido de censurar a Jovem Pan. “Nessas últimas semanas, estamos vendo denúncias por parte do PT, e acolhidas pelo TSE, que visam a censurar a emissora e impedi-la de tratar de certos temas”, afirmou. “Fora as palavras proibidas, que não podem ser ditas. Posso não concordar com elas, mas defendo seu direito de dizê-las.”
Grandini disse que, depois de seu repúdio viralizar na internet, os petistas o ameaçaram de expulsão. “Abriram um processo contra mim na Comissão de Ética do Partido dos Trabalhadores”, contou. “O fogo amigo dentro dessa ala da esquerda brasileira é um completo absurdo. E me pronuncio, sim, porque tenho voz. Não dependo de partido algum.”