Políticos presos no mensalão e petrolão querem voltar ao poder em 2022

O petista José Genoino nunca mais disputou uma eleição e raramente dá alguma declaração pública

Uma década atrás, o Supremo Tribunal Federal condenou 24 réus no processo do mensalão — um terço deles eram políticos. Poucos anos depois, uma nova série de condenações surgiu com a Operação Lava-Jato. E, embora a maior parte dos condenados tenham visto sua carreira política afundar, outros sobrevivem como podem e pensam em disputar a eleição de 2022.

Em São Paulo, o petista João Paulo Cunha cogita disputar uma vaga de deputado federal em 2022. Ex-presidente da Câmara e ex-presidiário, ele já começou a mobilizar sua base eleitoral em Osasco: quer voltar ao Congresso.

Outros políticos envolvidos no escândalo do mensalão parecem ter optado por ficar longe das urnas, mesmo depois do fim do prazo de inelegibilidade previsto pela Leia da Ficha Limpa. O petista José Genoino nunca mais disputou uma eleição e raramente dá alguma declaração pública.

Dentre os condenados pela Operação Lava Jato, boa parte (como o ex-deputado petista André Vargas) sumiu do mapa. Outros planejam disputar a eleição de 2022.

Ex-governador do Paraná, Beto Richa tem admitido publicamente que cogita ser candidato a deputado federal pelo PSDB. Luiz Argôlo, também condenado na Lava-Jato, também buscará uma vaga pelo MDB da Bahia.

O ex-senador Delcídio do Amaral, que chegou a ser preso mas depois foi absolvido pela Justiça Federal, apesar de continuar na política, ele não deve ser candidato. Em 2018, Delcídio tentou ser senador. Obteve apenas 5% dos votos — e, no fim, todos acabaram indeferidos devido à Lei da Ficha Limpa.

O Ministério Público considera que o ex-parlamentar continua inelegível até 2024 por ter renunciado ao mandato no Senado para fugir da cassação.

Com informações da Revista Oeste

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