Os magistrados atuavam no TRT-RJ. A ação é um desdobramento da operação que afastou Wilson Witzel do governo
A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira, 2, a Operação Mais Valia que prendeu quatro desembargadores do Tribunal Regional do Trabalho do Rio (TRT-RJ).
A operação é um desdobramento da Operação Tris in Idem, que em agosto de 2020 afastou do cargo o então governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), na crise dos gastos na pandemia.
O Ministério Público Federal (MPF) apura o pagamento de vantagens indevidas a magistrados que teriam beneficiado integrantes do suposto esquema criminoso instalado no governo Witzel que no mês passado virou réu por corrupção e lavagem de dinheiro.
Segundo a denúncia do MPF, empresas pagavam para serem incluídas no Plano Especial de Execução da Justiça do Trabalho fluminense. O objetivo era conseguir com que o governo do estado pagasse os valores devidos.
Ao todo, 11 mandados de prisão foram cumpridos contra os quatro juízes e sete supostos operadores e um advogado foi preso em flagrante, por posse ilegal de arma.
Sete empresas são citadas no inquérito, entre elas a Pró-Saúde, Átrio Service, MPE Engenharia e quatro consórcios de transporte: Transcarioca, Santa Cruz, Intersul e Internorte.
O governador foi novamente denunciado nesta terça. Esta é a quarta denúncia da Procuradoria-Geral da República contra o ex-juiz federal.