O deputado federal Eduardo Bolsonaro afirmou que irá pedir, na Justiça, indenização contra Patrícia Lélis, após as investigações da Polícia Civil do Distrito Federal apontarem ‘indícios de simulação’ na perícia feita nas conversas entre o deputado e a jornalista.
O relatório da Polícia Civil concluiu que a jornalista mentiu ao dizer que foi ameaçada pelo deputado.
A denúncia feita por Patrícia teve como base mensagens que teriam sido trocadas entre ela e Eduardo, quando ainda trabalhava no PSC, antigo partido do deputado. Segundo a alegação da jornalista, Eduardo teria publicado em suas redes sociais que os dois estariam namorando e, após ela negar o relacionamento, ele teria declarado que ‘iria acabar com a vida dela e que ela iria se arrepender de ter nascido’.
Através de sua conta no Twitter, Eduardo falou sobre a falsa acusação, e lamentou o fato de que o caso tenha sido usado para prejudicar sua imagem nas eleições de 2018.
Leia, na íntegra, a publicação do deputado:
“Lembro, como se fosse hoje, eu e JB na rua assistindo [à] TV e, a cada fim de bloco do JN, a chamada: eu como se tivesse ameaçado uma jornalista, e JB no caso do racismo, ao brincar que negro pesava 8 arroubas (fato de 1 ano antes, na Hebraica-RJ, onde todos entenderam a piada e riram). A PGR à época, Raquel Dodge, ofereceu simultaneamente as 2 denúncias, a menos de 6 meses da eleição. Soou como conteúdo político, ainda mais porque Lelis só apresentou um vídeo em que uma 3ª pessoa filma seu celular, e ela, numa suposta conversa comigo, via Telegram, em que as mensagens se autodeletavam após alguns segundos de vistas. A filmagem era quase profissional, deve ter usado um tripé, como se, por coincidência, esperasse minhas “ameaças”, e meu nome estava no celular dela só com meu número, que era praticamente de conhecimento público. Isso sem contar a carreira de Lélis de denúncias como vítima na Polícia Civil (Metrópoles tem excelente matéria sobre isso já em 2016). Neste meu caso, Patrícia Lelis foi procurada pela PF para se defender da acusação de denunciação caluniosa, mas alegou morar nos EUA e só falar por telefone depois de se consultar com um advogado. Lélis sumiu e depois não respondeu aos contatos telefônicos e nem emails da PF. Assim, ressalto que, em tempos de politicamente correto, é preciso serenidade antes de mover um processo criminal, ainda mais contra pessoas públicas, visto que nosso trabalho é intimamente conectado à nossa imagem. Como disse minha advogada, Karina Kufa: ‘Isso prejudica até mesmo a causa das mulheres que são, de fatos, vítimas de violência […] Precisamos ter cautela com as fake news produzidas para atingir candidato, pois muitas vezes a demora da aparição da verdade pode prejudicar inocentes. A esquerda é a maior propagadora de fake news, e isso o tempo vai mostrar’. Aguardo agora o desfecho desta ação criminal para pedir na justiça indenização contra Lelis. Além disso, notificarei o wikipedia para alterar minha descrição em sua página”.