Policiais atuavam em ocorrência sobre um homem que estava em cima da laje de um imóvel “dando tiros para cima”
Os dois policiais militares que foram assassinados na noite da última quinta-feira (14), em Camaragibe, no estado de Pernambuco, estavam apurando uma denúncia de que um homem estava em cima da laje de um imóvel “dando tiros para cima em uma comemoração”. A informação foi repassada pela Secretaria de Defesa Social (SDS) pernambucana ao portal G1 neste domingo (17).
Segundo o governo do estado, Alex da Silva Barbosa, de 33 anos, apontado como suspeito de ter matado os agentes, tinha uma arma de mira a laser e, ao ver os policiais se aproximando do imóvel, atirou na cabeça de ambos. Não foi confirmado, porém, se o homem que dava tiros para o alto era Alex, que foi morto horas após o ocorrido.
Além dos policiais e de Alex, outras cinco pessoas foram mortas nas cidades pernambucanas de Camaragibe e Paudalho entre a última quinta (14) e sexta-feira (15). A ligação entre os casos foi estabelecida pelo fato de que o atirador, a mãe dele e os três irmãos foram mortos horas depois do assassinato dos PMs.
SOBRE O CASO
Tudo começou quando uma equipe de policiais militares do 20° Batalhão foi chamada para a ocorrência envolvendo tiros para o alto no bairro de Tabatinga, em Camaragibe, por volta de 21h de quinta. Ao chegar ao local, a polícia foi recebida a tiros. O cabo Rodolfo José da Silva, de 38 anos, e o soldado Eduardo Roque Barbosa de Santana, de 33 anos, foram atingidos na cabeça. Ambos morreram.
Na ocorrência, mais duas pessoas foram atingidas por balas perdidas e levadas para o hospital: uma grávida de 18 anos e um adolescente de 14, cujos nomes e os estados de saúde não foram informados. O atirador, identificado pela Polícia Civil como sendo Alex, conseguiu fugir.
Às 2h de sexta, dois homens com os rostos cobertos por capuzes abordaram três irmãos de Silva, na porta de uma casa no mesmo bairro de Camaragibe, e atiraram contra eles, matando todos. Ágata Ayanne da Silva, de 30 anos, e Amerson Juliano da Silva, de 25, morreram no local. Apuynã Lucas da Silva, também de 25, foi levado ao hospital, mas não resistiu.
Ágata estava fazendo uma transmissão ao vivo pelo Instagram quando os encapuzados chegaram, então parte do crime foi transmitido por essa rede social. Por volta das 11h de sexta, policiais localizaram Silva no bairro de Tabatinga, em Camaragibe.
Segundo a governadora Raquel Lyra, o suspeito reagiu à voz de prisão e atirou contra três PMs, que revidaram. Silva foi atingido na cabeça e no tórax e morreu.
Já durante a tarde desta sexta, os corpos de Maria José Pereira da Silva, mãe de Alex, e de outra mulher não identificada foram encontrados abandonados em um canavial do município de Paudalho.