VÍDEO: PM dá bronca em tropa do Exército durante invasão do Planalto

Policial reclamou especialmente do comandante dos militares

Um vídeo que circula nas redes sociais nesta quarta-feira, 11, mostra um integrante da Polícia Militar do Distrito Federal (PM-DF) dando bronca em uma tropa do Exército. As cenas foram registradas no domingo 8, em Brasília, durante a invasão do Palácio do Planalto.

Nas imagens, o policial cobra melhor organização dos militares. A bronca é direcionada especialmente ao comandante da tropa, cujo nome não foi mencionado.

“Bora, Exército!”, gritou o policial. “Faz a linha, porr*. Não abra, não, caralh*. Comando, dê a ordem aí! Comande a sua tropa, porr*. Parem de ‘frouxura’. Atire, porr*. Não precisa mandar ordem, não. Atire!”

Em determinado momento, um dos militares tenta disparar uma bomba de efeito moral contra os vândalos que subiam a rampa do Planalto. O explosivo, contudo, permaneceu travado.

A invasão

No domingo, pelo menos 1,2 mil pessoas invadiram o Congresso, o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Palácio do Planalto. Houve depredação dos prédios públicos e destruição das instalações internas.

Uma imagem que circula nas redes sociais mostra que os vândalos arrancaram a porta do gabinete do ministro Alexandre de Moraes. O objeto foi exibido como um troféu.

Na manha de segunda-feira 9, a polícia desmontou um acampamento na frente do Quartel-General de Brasília e prendeu 1,2 mil manifestantes. A ação ocorreu depois dos protestos na Esplanada dos Ministérios.

A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) enviou avisos diários ao governo do Distrito Federal sobre os riscos de vandalismo no Estado. O papel da Abin não era cobrar o governador Ibaneis Rocha (MDB-DF) nem o ministro Flávio Dino, da Justiça e Segurança Pública, para que eles tomassem alguma atitude acerca da invasão na Esplanada.

Tanto Dino quanto Rocha foram avisados. Conforme o ministro, o governador teria modificado o plano inicial de bloquear a Esplanada. Isso permitiu a entrada dos manifestantes no local. Na ocasião, o Palácio do Planalto, o Congresso e o STF foram depredados por completo. Segundo o Ministério da Defesa, pouco mais de 200 pessoas foram presas no local.

Nesta quarta-feira, o ministro Péricles Aurélio Lima de Queiroz, presidente em exercício do Superior Tribunal Militar, negou um habeas corpus coletivo a 1,2 mil manifestantes detidos no acampamento em frente ao Quartel-General do Exército em Brasília. O pedido havia sido feito pelo advogado Carlos Klomfahs.

Fonte: Revista Oeste

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