Procuradoria irá investigar se houve apologia ao nazismo
A Procuradoria-Geral da República (PGR) instaurou um procedimento, nesta terça-feira (8), para investigar se houve apologia ao nazismo nas declarações do youtuber Monark, ex-Flow Podcast, e do deputado federal Kim Kataguiri (DEM-SP), durante o programa exibido nesta segunda-feira (7).
A abertura da apuração foi determinada pelo procurador-geral Augusto Aras.
No programa, que já foi retirado do canal do Flow Podcast no YouTube, Monark defende a criação de um partido nazista no Brasil e usa como justificativa a “liberdade” de ser adepto da ideologia.
A deputada federal Tabata Amaral também era uma das convidadas do dia e se manifestou contra o pensamento do apresentador.
“Eu acho que o nazista tinha que ter o partido nazista reconhecido pela lei. As pessoas não têm direito de ser idiotas? A gente tem que liberar tudo. A questão é: se o cara quiser ser um antijudeu ele tinha que ter direito de ser”, afirmou Monark.
Em seguida, ele recebeu críticas de Tabata, que afirmou a liberdade individual não pode ferir a vida/existência de outra pessoa.
Já Kim opinou que achava “um erro” a Alemanha ter criminalizado o nazismo após Segunda Guerra Mundial.
“O que eu defendo, e que acredito que o Monark também defenda, é que, por mais absurdo, idiota, antidemocrático, bizarro, tosco que [seja o que] o sujeito defenda, isso não deve ser crime, porque a melhor maneira de você reprimir uma ideia é […] é você dando luz naquela ideia, para que ela seja rechaçada socialmente e, então, socialmente rejeitada”, disse Kataguiri.
Caso a PGR conclua que houve crime nas declarações do deputado e do youtuber, poderá enviar uma denúncia ao STF, no caso de Kataguiri, e à Justiça de São Paulo, no caso de Monark.