Corporação investiga publicações nas redes sociais do partido
A Polícia Federal (PF) deve ouvir nesta terça-feira (14) o presidente do Partido da Causa Operária (PCO), Rui Costa Pimenta, como parte das investigações contra ele e o partido de extrema-esquerda no chamado inquérito das fake news. Na apuração, a PF investiga publicações nas redes sociais do partido com críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF).
De acordo com o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, a apuração da conduta do PCO tem como objetivo verificar se a estrutura partidária abastecida com dinheiro público está sendo utilizada para realizar o que o membro da Suprema Corte considera como “ataques às instituições democráticas”.
“Há relevantes indícios da utilização de dinheiro público por parte do presidente de um partido político – no caso, o PCO – para fins meramente ilícitos, quais sejam a disseminação em massa de ataques escancarados e reiterados às instituições democráticas e ao próprio Estado Democrático de Direito”, declarou Moraes.
Nas publicações que viraram alvo da Suprema Corte, o partido defendeu, entre outros pontos, a dissolução do Supremo Tribunal Federal, além de chamar o ministro Alexandre de Moraes de “skinhead de toga” e o acusar de “preparar um golpe” nas eleições.
Entre os anos de 2016 e 2018, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) repassou, em média, R$ 1,1 milhão ao partido por meio do fundo partidário, criado para arcar com os custos de manutenção das legendas. No entanto, com o fraco desempenho eleitoral em 2018, o partido deixou de ter direito ao fundo partidário.
Do fundo eleitoral, o PCO recebeu R$ 1,2 milhão em 2020.