Reportagem do site Pleno.News em janeiro mostrou que instituição foi citada por doleiro em delação
A nova pesquisa Quaest/Genial sobre as intenções de voto para presidente da República, divulgada nesta quarta-feira (9), voltou a apontar que o ex-presidente Lula teria possibilidade de vencer as eleições deste ano já em primeiro turno. O resultado é similar ao apresentado pela mesma pesquisa no início do ano.
A pesquisa em questão foi citada em uma reportagem publicada pelo Pleno.News em janeiro que apontou que o pagador da pesquisa, o Banco Genial, é uma instituição bancária que já foi citada, quando possuía um outro nome, em uma delação premiada do doleiro Lúcio Funaro, realizada em 2017, enquanto ele estava preso por ter sido acusado de ser operador de propinas.
Segundo a pesquisa apresentada nesta quarta, Lula teria índices variando entre 45% e 47% no primeiro turno contra percentuais variando entre 23% e 26% para o presidente Jair Bolsonaro. Entre os outros possíveis candidatos, nenhum conseguiu sequer alcançar a marca de 10%, sendo os principais o ex-ministro Sergio Moro e o ex-governador Ciro Gomes, ambos com um máximo de 9%.
BANCO RESPONSÁVEL POR PESQUISA JÁ FOI CITADO EM DELAÇÃO
Por meio do cruzamento de dados divulgados nos sites do TSE, da Receita Federal e do Portal da Transparência, o Pleno.News descobriu que o pagador da pesquisa Quaest/Genial é uma instituição bancária que já foi citada em uma delação premiada do doleiro Lúcio Funaro, realizada em 2017, enquanto ele estava preso por ter sido acusado de ser operador de propinas.
Em seu depoimento, Funaro citou o que chamou de “casos estranhos” envolvendo o Fundo Garantidor de Crédito (FGC) – entidade privada e sem fins lucrativos que funciona como proteção aos investidores que colocam seu dinheiro em instituições financeiras associadas a ele – e disse que, em tais casos, estaria envolvida uma instituição financeira chamada Brasil Plural.
A conexão entre Brasil Plural e Banco Genial reside no fato de que as duas instituições são a mesma empresa, com o mesmo CNPJ, tendo apenas nomes diferentes. Tal informação foi confirmada por meio do Portal da Transparência da União, através do histórico de nomes do banco, e pelo registro da empresa na Receita Federal, onde o e-mail declarado remete ao Banco Plural.