O terceiro mandato do ex-presidiário Lula (PT) não está sendo confortável como ele supunha que seria.
Na verdade, a declaração do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de que Lula havia sido eleito no lugar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pegou a todos de surpresa, principalmente porque a base que o conservador conseguiu eleger, tanto na Câmara como no Senado, é forte demais e ultrapassar essa barreira têm sido uma grande dificuldade para governistas, que não são lá muito bons no diálogo.
Uma prova de que o governo do ex-condenado da Lava Jato tem encontrado obstáculos para dar prosseguimento em suas pautas é que o próprio presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), em conversa com empresários, já confirmou que o PT não tem votos para aprovar textos ou matérias na casa.
E foi além: impediu que a gestão esquerdista de ter acesso à lista de quem assinou e foi favorável à instalação da CPMI de 8 de janeiro. É que parlamentares do PT andavam ameaçando os colegas nos bastidores para retirar o nome do grupo.
Sem vislumbrar saída a médio prazo e após dois meses do início do mandato de Lula, o PT tenta outro caminho e conversa com os líderes dos partidos; mas ainda assim, não conseguiu saber de fato com quantos parlamentares pode contar porque a única pauta que a legenda aprovou, a PEC do Estouro, que rompeu o teto de gastos da União, foi votada, em dezembro de 2022, quando metade do Congresso Nacional era outro.
Lula está isolado e mais perdido do que cego em tiroteio!