Normalmente, a SpaceX pousa o booster logo depois do lançamento
A noite de terça-feira (22) foi diferente para a SpaceX. No final do dia, o 11º voo de um booster da companhia espacial de Elon Musk, lançado em Cabo Canaveral, na Flórida, decolou. Mas, ao contrário das dez vezes anteriores, ele não voltou à Terra.
Parte do Falcon 9, o booster de primeiro estágio era o foguete ativo mais antigo da empresa. Ele deixou o Complexo de Lançamento Espacial 40 às 23h57 (horário de Brasília). Em 35 minutos de missão, um satélite de comunicações da operadora francesa Eugelsat foi colocado em órbita.
Como a missão exigia mais energia para colocar em órbita o satélite de quase 5,5 mil quilos, não havia combustível suficiente para trazer o impulsionador de volta. Normalmente, a SpaceX pousa o booster logo depois do lançamento.
O foguete reutilizável permitiu ao empreendimento de Elon Musk oferecer melhores preços para enviar itens ao espaço. O Falcon 9 usado no voo de terça já havia voltado das missões Telstar 18V e Iridium-8, além de nove da própria empresa, colocando em órbita satélites de internet Starlink.
Até o final deste ano, mais 12 voos estão programados com um foguete Falcon 9, com 52 voos realizados. O recorde de 31 lançamentos do ano passado já foi quebrado.
A SpaceX também lançou, pela primeira vez em três anos, o foguete Falcon Heavy em missão da força espacial dos Estados Unidos. A companhia se prepara para o voo inaugural do Super Heavy, poderoso foguete que deve ajudar a Nasa a levar o homem de volta à Lua.