Pazuello cita cláusulas que geraram impasse com a Pfizer e nega falta de respostas

Declarações foram dadas em depoimento na CPI da Covid

O ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello disse que desde os primeiros contatos da farmacêutica Pfizer a Pasta sempre manteve diálogo para negociar vacinas contra a covid-19. O general afirmou que as cláusulas eram rígidas e que, mesmo com a orientações contrárias de órgãos de controle, determinou a assinatura, em dezembro de 2020, de um memorando de entendimento com o laboratório.

“Para ouvir isso pela primeira vez, talvez todos nós hoje possamos ouvir com um grau de normalidade, mas a primeira vez que eu ouvi isso eu achei muito estranho, muito estranho”, afirmou Pazuello sobre as condições impostas pela Pfizer.

Em depoimento na CPI da Covi nesta quarta-feira, 19, o ex-ministro afirmou que o governo passou a ter o entendimento de que era necessário uma lei vinda do Legislativo para viabilizar o contrato com o laboratório e citou as cláusulas que considerou “complicadíssimas” à época:

  • Disponibilização de ativos brasileiros no exterior e/ou fundos
  • Isenção completa da responsabilidade por efeitos colaterais
  • Transferência do fórum para o julgamento das ações para Nova York
  • Pagamento adiantado
  • Assinatura do presidente da República em contrato
  • Não existir multas se houver atraso de entrega

Eduardo Pazuello negou que a farmacêutica tenha ficado sem respostas e que o governo discutiu “ininterruptamente” com o laboratório. “Respondemos inúmeras vezes à Pfizer e eu tenho todas as respostas aqui”, garantiu.

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