Pastor é preso por pregar contra religiões de matriz africana

Aijalon Berto, da Igreja Dunamis em Igarassu (PE), associou religiões afro-brasileiras com feitiçaria

O Ministério Público Estadual de Pernambuco e a Polícia Militar prenderam no dia 27 de abril o pastor Aijalon Berto, da Igreja Dunamis em Igarassu. Ele é acusado de intolerância religiosa por pregar contra religiões de matriz africana.

A decisão judicial que gerou a prisão do religioso tem como base uma acusação de ofensa à “dignidade da coletividade” por associar pinturas alusivas às religiões afro-brasileiras como “feitiçaria” e “entidades satânicas” ao comentar sobre a pinturas de painéis sobre a religiosidade afro-brasileira no Túnel da Abolição, no Recife.

De acordo com o promotor José da Costa Soares, “o acusado atingiu a coletividade por meio do discurso de ódio fincado em preconceito à religião de origem africana, extrapolando, portanto, o direito ao proselitismo de sua crença ou à liberdade de expressão”.

Costa Soares disse também que o crime do pastor foi agravado por ele usar as redes sociais, aumentando assim o alcance de sua mensagem.

Aijalon Berto estava proibido de falar sobre religiões de matriz africana em suas pregações, mas descumpriu a decisão e, por isso, a Justiça de Igarassu autorizou a prisão.

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