Partido Comunista inicia conferência da internet citando uma ‘nova era’

O evento se tornou uma plataforma para a China transmitir suas mensagens políticas para o setor

A China iniciou nesta quarta-feira, 9, a Conferência Mundial da Internet (WIC), realizada em Zhejiang, no leste do país. Sob o tema “Rumo a um Futuro Digital Compartilhado em um Mundo Conectado”, o evento reúne mais de 2 mil representantes de 120 países.

A conferência se tornou uma plataforma para o Partido Comunista da China (PCC) transmitir suas mensagens políticas para o setor. O objetivo é promover sua visão de governança da internet.

País divulga guia regulatório

Na segunda-feira 7, o Gabinete de Informação do Conselho de Estado da China publicou um white paper — um guia sobre a filosofia do PCC para a internet —, de quatro capítulos, promovendo os valores e as práticas de governança da internet de Pequim para o resto do mundo.

“Estamos fornecendo uma solução da China para o desenvolvimento e a regulamentação do ciberespaço”, citou o documento. “A economia da internet da China desempenha um papel importante na melhoria da vida dos cidadãos e na promoção do desenvolvimento de alta qualidade da economia e da sociedade”, detalhou.

Além de problemas como desenvolvimento desequilibrado e regulamentação inadequada, o white paper alertou sobre a ameaça de que certos países usam a internet e a tecnologia da informação para interferir nos assuntos internos de outras nações.

A conferência neste ano atraiu grandes nomes, como o CEO da Baidu, Robin Li; o CEO da Tencent Holdings, Pony Ma; o cofundador e ex-presidente do Alibaba, Jack Ma; e o CEO e fundador da Tesla, Elon Musk.

Li Shulei, chefe do Departamento de Comunicação do PCC, participou da abertura do evento. No discurso, ele citou o líder do partido, Xi Jinping, e reforçou o desejo da China de trabalhar com outros países para abrir um caminho de desenvolvimento digital global.

Ele pediu uma internet “mais justa, inclusiva, segura e estável, para oferecer mais benefícios às pessoas. A divisão digital entre países desenvolvidos e em desenvolvimento permanece inaceitável”, observou.

COMPARTILHAR