Parlamentares da esquerda vão pedir impeachment de Bolsonaro por suposta interferência nas Forças Armadas

Líderes dos partidos de esquerda (oposição) na Câmara dos Deputados e no Senado, devem apresentar nesta quarta-feira (31), um novo pedido de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro. A alegação é de que o líder supremo das forças armadas “tentou interferir politicamente no Exército”.

O pedido de impeachment incluirá as assinaturas do deputado federal Alessandro Molon (PSB-RJ) e dos senadores Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e Jean Paul Prates (PT-RN).

O Ministério da Defesa informou nesta terça-feira (30) que os três comandantes das Forças Armadas serão substituídos: Edson Pujol, do Exército, Ilques Barbosa Junior, da Marinha, e Antonio Carlos Moretti Bermudez, da Aeronáutica.

A decisão foi anunciada em nota após uma reunião nesta manhã com o novo ministro da pasta, Walter Braga Netto, e o ex-ocupante do cargo, Fernando Azevedo e Silva. Até a noite de ontem, os comandantes avaliavam que não seria correto entregar os cargos antes de ouvir o novo ministro.

Eles queriam avaliar como se dará o estreitamento da relação entre as Forças Armadas e o Palácio do Planalto, o que teria motivado a demissão de Fernando Azevedo. Segundo fontes ouvidas por jornalista da CNN, o presidente estava incomodado com a postura das Forças em relação ao governo.

Os comandantes estavam receosos que houvesse uma demanda por um alinhamento político das tropas com Bolsonaro. Na carta em que anuncia a demissão, Fernando Azevedo disse que, durante o período que comandou a pasta, preservou “as Forças Armadas como instituições de Estado”.

Por Gleyson Araújo, com informações da CNN Brasil

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