Para segurar a inflação, presidente da Argentina congela preços de 1,2 mil produtos da cesta básica

Alberto Fernández baixou decreto faltando um mês para as eleições legislativas do país

O presidente da Argentina, Alberto Fernández, anunciou o congelamento de uma cesta de 1,2 mil produtos básicos por 90 dias. É o que informou o jornal La Nación, na quarta-feira 13, depois de reunião entre o chefe do Executivo e empresários. Conforme o governo, o objetivo é segurar a inflação, que supera 50% ao ano — em 2020, Fernández adotou essa estratégia, mas ela se mostrou ineficaz. A medida chegou faltando um mês para as eleições legislativas do país. Nas primárias, a esquerda saiu derrotada pelos conservadores.

Segundo o La Nación, a decisão de Fernández contrariou o ministro da Economia, Martín Gusmán, que tenta renegociar a dívida de US$ 44 bilhões da Argentina com o Fundo Monetário Internacional. A Argentina já se valeu do congelamento de preços em pelo menos sete momentos de alta inflação desde 1952. Nenhum resolveu o problema. A tentativa mais recente ocorreu no ano passado, quando os peronistas congelaram os preços de 23 mil produtos, como meio de amortecer os impactos da pandemia de coronavírus.

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