A CPMI quer investigar se houve leniência do governo com quem destruiu prédios públicos
A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro pode ser judicializada na próxima semana, caso os parlamentares da oposição não consigam fazer um acordo com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Os apoiadores da CPMI desejam fechar a negociação com o senador mineiro até a sexta-feira 24.
Há quase um mês, o pedido aguarda a boa vontade de Pacheco para ser instaurado.
Para fazer a leitura do requerimento, o presidente da Casa deve convocar uma sessão do Congresso Nacional, com senadores e deputados. Conforme apurou a Revista Oeste, a instauração da CPMI deve acontecer na primeira sessão do Congresso, ainda sem data definida.
De autoria do deputado federal André Fernandes (PL-CE), o pedido possui a adesão de 193 deputados e 37 senadores.
Enquanto Pacheco não instala a comissão, o governo do presidente Lula tenta minar a CPMI — por exemplo, represando a liberação de emendas parlamentares. Na quarta-feira 15, Fernandes acionou a Procuradoria-Geral da República com uma notícia-crime contra o presidente Lula e o ministro Alexandre Padilha, das Relações Institucionais.
O parlamentar alegou que os motivos da ação são os possíveis crimes de responsabilidade e de atos de improbidade administrativa cometidos por Lula e seu ministro, ao tentarem “comprar deputados para retirar suas assinaturas no requerimento da CPMI”.
O objetivo da comissão é apurar os responsáveis pelos atos de vandalismo registrados nas sedes dos Três Poderes. A CPMI quer investigar se houve leniência do governo com quem destruiu prédios públicos.