Operação Lava Jato dá mais um resultado positivo: FBI investiga esquema de propina na estatal

A Petrobras, estatal brasileira, a segunda petrolífera do mundo em lucratividade, voltou ao radar do Departamento de Justiça dos Estados Unidos. O órgão americano, denunciou, na sexta-feira (17), dois comerciantes de combustíveis do país por participação em esquema de propina a executivos da empresa e também por lavagem de dinheiro.

O caso já está sendo investigado pelo FBI.

A Justiça americana acusa o estadunidense Glenn Otzemel e o ítalo-brasileiro Eduardo Innecco de violação da lei sobre práticas de corrupção no exterior. A dupla, segundo aponta a investigação, teria ajudado duas empresas sediadas em Connecticut a manter contratos com a Petrobras por meio do pagamento de propina a executivos da estatal.

O esquema de corrupção durou de 2010 a 2018 e, agora, os acusados enfrentam sete processos, cuja pena pode chegar a 25 anos de prisão.

Em 2020, Rodrigo Garcia Berkowitz, ex-operador da Petrobras, fez acordo de delação premiada e contou como o esquema funcionava. Ele disse que atuou como Trader da Petrobras, em Houston (EUA), até o final de 2018, quando foi acusado de aceitar propinas.

Oztemel foi preso na quarta-feira (15), na Flórida, mas pagou fiança de US$ 3 milhões e já foi liberado.

A Petrobras se manifestou sobre o caso, disse que colabora com as investigações e que foi vítima do crime desvendado pela Lava Jato que, hoje, o ex-presidiário Lula (PT) apelida de “organização criminosa”.

“Cabe salientar que a Petrobras (incluindo suas subsidiárias) já recebeu mais R$ 6,7 bilhões, a título de ressarcimento em decorrência de acordos de colaboração, leniência, repatriações e renúncias relativos aos ilícitos dos quais foi vítima”, explicou a estatal em comunicado.

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