O vídeo que corre rapidamente nas redes sociais pegou todos de supresa
Uma mulher mostra um saquinho que estava sendo distribuído entre os que foram pular o carnaval na cidade histórica de Olinda, em Pernambuco, um dos pontos mais tradicionais da folia em todo o país, que recebe milhares de pessoas por pelo menos quatro dias, em suas ladeiras apertadas.
Ela afirma se tratar de um kit de redução de danos para usuários de drogas e alcoólatras criado pela ONG Escola Livre de Redução de danos, uma entidade com sede em Olinda, portanto funcionando com o conhecimento da própria prefeitura.
Na embalagem, pedaços de seda, piteiras, cartões e canudos, objetos utilizados para o consumo das drogas e que, segundo a protagonista da propaganda, serviriam para que cada usuário tivesse os próprios meios para consumir sem precisar ‘correr riscos de se contaminar’ compartilhando esses ‘objetos’ com outros usuários.
No material distribuído, ela anuncia ainda folhetos explicativos sobre como consumir e os efeitos das drogas…
“Se você quer usar uma substancia, procure saber como ela é, procure saber como ela age no seu corpo, procure saber como você pode reduzir o dano desse uso. Acessem aqui, ó… álcool, cocaína, maconha, LSD e varias outras substancias que a gente vai estar informando para vocês como podem reduzir os danos para que possam ficar suaves neste carnaval”, diz a moça com a naturalidade de quem faz a propaganda de um novo refrigerante e com uma trilha alegre de carnaval de fundo.
A entidade foi denunciada às autoridades por apologia às drogas e recebeu a visita da Polícia Civil. O espaço foi fechado temporariamente nesta segunda-feira (20). Depoimentos foram colhidos e os kits apreendidos.
A tal ONG se aproveitou de uma portaria do Ministério da Saúde, de 2005, no governo do ex-presidiário, sobre um conjunto de ações que seriam criadas para reduzir os danos do uso de drogas junto aos dependentes, mas cuja prática foi totalmente vetada durante o governo Bolsonaro, justamente por abrir precedentes que pudessem levar ao estímulo do consumo.
Mas desde que o descondenado retornou, todos os que vivem de práticas ilícitas parecem estar se sentindo mais à vontade para agir.
Veja os vídeos da oferta do kit e o momento da chegada da polícia para autuar a entidade: