Diante desse quadro dantesco, os brasileiros se perguntam: E agora, quem poderá nos defender?
Os brasileiros, pelo menos aqueles que defendem a verdadeira liberdade, assistem hoje atônitos a tentativa da Suprema Corte e do Tribunal Superior Eleitoral, de banir o Telegram, uma plataforma de comunicação, apenas porque não podem controlá-la.
Afinal, que democracia é essa que estamos vivendo, onde se pretende usar dos mesmos expedientes truculentos praticados por regimes totalitários para controlar o pensamento, as manifestações e a comunicação?
As cortes brasileiras, hoje cheias de “cesares”, tomam atitudes que extrapolam suas atribuições, impondo no Brasil um autoritarismo que só se vê nos países liderados por tiranos. De forma arbitrária e até excedendo os limites de suas competências, esses Ministros querem colocar o país sob suas égides pessoais e não da Lei, porquanto hoje fazem suas próprias constituições baseadas em vícios de vontades, quando deveriam seguir a Constituição Federal. E ainda assim há quem acredite que estamos numa democracia.
Esses mesmos Ministros instituíram o “crime de opinião”, e utilizam a máquina judiciária que controlam, para perseguir de forma inclemente qualquer um que lhes desagrade, sejam veículos de comunicação e até políticos, mantendo pessoas presas sem condenação ou sentenças transitadas em julgado, e caçando acintosamente dos seus desafetos o que garante o inciso III do Artigo 1° da Constituição, que é a dignidade da pessoa humana.
E qual será o próximo passo? Nos mandarem para campos de concentração? Nos enviarem para alguma “Sibéria brasileira” onde faremos trabalhos forçados apenas porque pensamos?
Não achando bastante toda a exceção que já fizeram até agora da nossa Carta Magna, agora pretendem, com a imposição de controle sobre canais de comunicação e a censura do pensamento alheio, renegar também o Artigo 5º, quando em seus incisos IV, X e XII, dizem respectivamente que “é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato”; “são invioláveis a intimidade, a vida privada”, e “é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas “.
Não se obstam em controlar e nos punir por aquilo que pensamos e falamos, com a desculpa de “combate às fake news”, quando eles mesmos não sabem e não conseguem definir o que venha a ser “fake news”, e por isso classificam tudo e qualquer coisa de acordo com o que lhes contraria, ou de acordo com o que interessa aos grupos a que eles servem em suas militâncias judiciais. É isso que chamam de “democracia”?
Triste mesmo é vermos os cínicos e dissimulados esquerdistas falando sobre a “ditadura” do período militar, mas se calando diante do que está ocorrendo, apenas porque toda a repressão é contra seus opositores políticos. Então, para eles a democracia é tudo aquilo que oprime quem pensa diferente deles e ditadura é tudo aquilo que se opõe à ideologia deles, mas no passado vomitavam Voltaire como exemplo de liberdade de expressão, dizendo “Posso não concordar com nenhuma das palavras que você disser, mas defenderei até a morte o direito de você dizê-las.”
Então, em verdade, viveram numa gaiola cujas grades eram suas próprias mentiras. Onde estão aqueles artistas mequetrefes e jornalistas que defendiam tanto a liberdade de expressão? Nunca foi por pluralidade e democracia! Isso não é só ter a polaridade trocada na ideologia. É ter a polaridade trocada no caráter.
A esquerda que tanto arrota “democracia”, emudece vendo o vilipêndio ao Estado Democrático de Direito, e ainda tem a desfaçatez de apoiar a truculência e o abuso de autoridade praticado por quem não foi colocado no cargo por vontade popular.
Por outro lado, os únicos que poderiam colocar um freio nessa tirania são os senadores, mas nada fazem porque muitos deles estão comprometidos com a Justiça e respondem a processos.
Diante desse quadro dantesco, os brasileiros se perguntam: E agora, quem poderá nos defender?
A resposta é simples: Nós mesmos. Agora em 2022 nós teremos a oportunidade de renovar 1/3 do Senado Federal, o que poderá de alguma forma amenizar a grande besteira que fizemos em 2018, quando elegemos 2/3 do atual quadro de Senadores, quase todos eles covardes, amorais e sem comprometimento com a democracia e com o país, mas tão somente com os seus próprios interesses.
E que votemos somente naqueles que se comprometerem a restaurar a verdadeira democracia, se propondo a fazer uma assepsia onde for necessário, extirpando dos “tronos” qualquer um que se ache dono absoluto do poder, e que sob qualquer alegação superficial, tendo como critério a vontade própria queira usurpar competências que não são suas.
E para encerrar, eu quero aqui relembrar a todos aqueles que não foram eleitos, mas que se acham, em função do cargo, mandatários do poder absoluto, o Parágrafo Único do Artigo 1º da Constituição Federal:
“Todo o poder EMANA DO POVO, que o exerce por meio de representantes ELEITOS ou diretamente, nos termos desta Constituição”.