‘Necessidade urgente’ foi proposta por mais de 30 pesquisadores, que também alegam preconceito contra homens gays
A Organização Mundial da Saúde (OMS) deve renomear “o mais rápido possível” a varíola dos macacos. Isso porque, segundo a entidade, aquele nome é racista e discriminatório contra a África.
Mais de 30 pesquisadores assinaram um documento em que afirmam que havia uma “necessidade urgente” de mudar o nome da doença, que atingiu principalmente homens gays e bissexuais, informou, nesta quarta-feira, 15, o Daily Mail.
Eles escreveram o seguinte: “A nomenclatura desse vírus africano não é apenas imprecisa, mas também discriminatória e estigmatizante”.
“Outros grupos alertaram para o estigma na comunicação sobre a varíola”, informou a Bloomberg. “No fim de maio, a Associação de Imprensa Estrangeira da África pediu à mídia ocidental que parasse de usar as fotos de pessoas negras. Como qualquer outra doença, a varíola pode ocorrer em outras regiões do mundo e afligir qualquer pessoa, independentemente de raça ou etnia.”
Tedros Adhanom, diretor-geral da OMS, confirmou que o vírus será renomeado. “A organização está trabalhando com parceiros e especialistas de todo o mundo na mudança do nome do vírus”, disse o etíope. “Faremos o anúncio do novo nome o mais rápido possível.”
O vírus é endêmico da África Central e Ocidental, mas está se espalhando para pelo menos 40 países. Os sintomas incluem febre, dor de cabeça intensa, dores musculares, dor nas costas, baixa energia e erupção cutânea.
“As lesões podem ser planas ou ligeiramente inchadas, preenchidas com fluido claro ou amarelado, e podem então criar crostas, secar e cair”, explica a OMS.
“O número de lesões em uma pessoa pode variar de alguns a vários milhares. De maneira geral, elas se concentram no rosto, na palma das mãos e na sola dos pés, mas podem se espalhar para a boca, para os genitais e para os olhos.”