O experimento mostra possibilidades futuras de troca de órgãos
O biólogo holandês Cornelis Vlasman apresentou ao mundo Oscar, um experimento ao mesmo tempo promissor e de aspecto meio sinistro. Oscar é o primeiro corpo modular que parte de um sistema de “lego”.
É um ser vivo e orgânico formado a partir das células do biólogo, embora funcione com a ajuda da tecnologia.
No vídeo, Vlasman mostra como seu módulo cerebral, que é um dispositivo totalmente elétrico, se conecta ao módulo pulmonar. Os dois imediatamente começam a interagir.
Ele acrescenta um módulo de rim e, em seguida, conecta dois módulos de membros diferentes que “começam a ativar o organismo para se mover”. O experimento tem uma aparência meio sinistra, como pode ser observado pelo vídeo abaixo.
O cientista disse que este protótipo, com uma corrente sanguínea e sinais nervosos transmitidos pelos conectores, muda o corpo humano de um sistema fechado para um sistema de código aberto.
“Se um órgão adoece, você pode facilmente substituí-lo por um novo”, explicou, sugerindo que futuramente corpo modular poderá ser usado como um módulo de membro extra. “O corpo modular se tornará alterável e adaptável a todos os tipos de situações.”
Usando suas próprias células, o biólogo passou anos construindo o organismo vivo. O experimento mostra o poder da pesquisa com células-tronco para se transformar em tecido humano, ao mesmo tempo em que destaca a interação entre a tecnologia e o corpo humano.
Para o Oscar funcionar, é preciso muito mais do que apenas células, pois os módulos do experimento de Vlasman requerem um cérebro elétrico para funcionar. Ainda assim, o biólogo acredita que isso desencadeia uma nova onda de cuidados com o corpo humano.
Em vez de imprimir órgãos com foco em cópias idênticas para peças de reposição, ele quer algo diferente.
“Precisamos aproveitar esta oportunidade”, diz ele, “não para manter, mas para redefinir a humanidade”.