Pressionado, o país asiático reagiu à investigação norte-americana que vai apurar a gênese do patógeno
O Partido Comunista da China (PCC) insinuou que o novo coronavírus originou-se nos Estados Unidos. O Ministério das Relações Exteriores do país asiático sugeriu que o patógeno “escapou” do Fort Detrick, centro de pesquisa biomédica norte-americano. “São mais de 200 laboratórios biológicos americanos espalhados pelo mundo.
Quantos segredos escondem?”, interpelou Zhao Lijian, chanceler do PCC, em pronunciamento na sexta-feira 28. A fala é uma resposta à decisão do presidente Joe Biden de pedir uma investigação sobre a gênese da covid-19.
Na semana passada, um relatório do governo norte-americano revelou que o coronavírus surgiu no laboratório chinês, hipótese considerada desde o governo do ex-presidente Donald Trump. A papelada foi obtida pelo jornal Wall Street Journal.
Entre outros pontos, o documento salienta que, no centro de pesquisas, três funcionários foram hospitalizados, em novembro de 2019, com covid-19. Um mês depois de a OMS decretar a pandemia de coronavírus. O Partido Comunista Chinês (PCC), escondeu o potencial do patógeno, e dessa forma, o Ocidente não conseguiu se preparar.
Detrick é um laboratório de ponta que fica no estado de Maryland, próximo da capital norte-americana, e onde o Exército dos EUA desenvolve toxinas e antitoxinas, sistemas de defesa para pragas e doenças. Em agosto de 2019, o laboratório recebeu uma ordem do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês) para encerrar operações e pesquisas com vírus e bactérias perigosos por questões de segurança.
Segundo o CDC, havia um problema de descarte de materiais usados em pesquisas, que poderiam contaminar o solo e água da região. A Organização Mundial da Saúde ainda não tomou lado na história, mas prometeu uma “investigação imparcial”.