O “negacionismo” do atual governo em relação a vacina contra a Dengue: Quem é o genocida?

Fui dar uma olhada nos últimos informes semanais do Centro de Operações de Emergências de Arboviroses (COE Arboviroses).

O Brasil registrou 1,38 milhão de casos prováveis de dengue até o início de junho, número que supera mais de 20% dos registrados no mesmo período do ano passado. Ao todo, 15.519 foram casos graves, com 635 resultando em morte.

A vacina japonesa Takeda, já aprovada pela Anvisa, tem eficácia de mais de 80%, mas precisa passar pela Conitec, que além de critérios técnicos, avalia impactos financeiros. Segundo a matéria de O Globo, para Carlos Gadelha, secretário de Ciência, a prioridade no SUS seria a vacina de fabricação nacional, que na prática pode chegar apenas em 2025.

Quem pode pagar, já pode ter acesso à japonesa pela rede privada. Quem não pode corre um risco muito sério.

Alexandre Naime Barbosa, Vice presidente do SBI, alerta que o número de óbitos nesse primeiro semestre é mais de 50% de todas as mortes pela doença registradas em 2022, quando houve mais de mil casos. Para ele, risco que poderia ser reduzido caso a vacina fosse imediatamente implementada.

Esperar uma vacina do Instituto Butantan pode custar vidas, e o ministério deve ter sensibilidade para entender que essa vacina é necessária imediatamente para alguns grupos. Bolsonaro foi cobrado na época da pandemia, com uma vacina experimental e até uma CPI foi instalada em uma pressão estratosférica para um presidente da República.

A pergunta que eu faço é:

Quantos parlamentares já protocolaram pedidos de investigação sobre isso?

Quantos influenciadores postaram sobre o assunto?

Por quanto tempo mais seremos reativos as provocações da esquerda, não sabendo cobrar pautas específicas e importantes, quando temos oportunidade?

Cobrem esse governo como deve ser cobrado.

Com rigor.

Se fosse o Bolsonaro, estaríamos no apocalipse das manchetes. O assunto é sério, envolve vidas humanas, e precisa de destaque. Devolvam a pressão na mesma moeda.

Não façam isso só pelo impacto político, mas pela quantidade de pessoas que vocês podem salvar.

Pau que dá em Chico, dá em Francisco, e isso precisa ser garantido.

Por Victor Vonn Serran

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