O mundo do avesso: Prefeito esquerdista de NY culpa montadoras pelo aumento do roubo de carros

A medida pode ser adotada por outras cidades que também registraram aumento no roubo de carros das duas marcas

Prefeito de Nova York (NY), o democrata (esquerda americana) Eric Adams anunciou que a administração municipal deve entrar com um processo contra as montadoras sul-coreanas Kia e Hyundai por supostamente não terem tecnologia antifurto instalada de fábrica em seus carros. Por causa disso, o número de roubos e furtos de veículos teria aumentado na cidade.

De acordo com um comunicado divulgado pela prefeitura, o processo tem o objetivo de “responsabilizar as duas empresas por se recusarem a equipar determinados modelos de seus automóveis com instrumentos antifurto”. Em Nova York, apenas no ano passado, houve um crescimento de quase 900% nos roubos de carros da Kia e de 760% no caso de automóveis da Hyundai.

A medida pode ser adotada por outras cidades que também registraram um aumento no roubo de carros das duas marcas. No ano passado, uma série de vídeos que circulavam na rede social TikTok faziam um “desafio” que consistia em furtar veículos das montadoras Kia e Hyundai. Os autores do vídeo mostravam como roubar esses carros utilizando um cabo USB e uma chave de fenda.

“Não vamos ficar de braços cruzados enquanto as montadoras fecham os olhos para a segurança e tornam mais fácil para os criminosos se aproveitarem dos cidadãos”, afirmou Adams.

Quando indagada sobre os mecanismos antifurto instalados nos carros, a Hyundai informou por meio de nota à emissora americana NBC, que está “comprometida em garantir a qualidade e integridade dos seus produtos”.

De acordo com a montadora, os chamados imobilizadores de motor – ou travas – são padrão em todos os veículos desde novembro de 2021 e uma atualização gratuita de software foi disponibilizada para evitar roubos.

A companhia garantiu ainda que reembolsará os clientes que tenham comprado travas de volante e que “continua a fornecer travas de volante gratuitas em todo o país”.

A Kia, por sua vez, ainda não se manifestou.

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