O eleitorado Bolsonarista quer que Ricardo Salles seja candidato legítimo à Prefeitura de São Paulo. Aliás seria a indicação lógica no campo da direita.
Entretanto, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), juntamente com Valdemar da Costa Neto, fecharam questão no apoio ao atual prefeito, Ricardo Nunes do MDB, a propósito, forte aliado político de Dória, que por sua vez é desafeto de Jair.
Eis o dilema: Se Salles insistir na candidatura, teria que sair do partido e se filiar em outro, além de perder o mandato de deputado e não contar com o apoio de Bolsonaro.
Pergunto:
1 – O eleitorado bolsonarista cancelaria Salles e o chamaria de traidor caso se mantivesse candidato por outro partido, mesmo sendo o melhor nome da direita para o cargo?
2 – Caso Salles obedeça a orientação de JB e Valdemar, de ficar fora da disputa para apoiar uma candidatura que é também apoiada por Doria, Salles seria poupado pelo eleitor ou também seria cancelado, desta vez sendo chamado de frouxo e pau mandado ou doriano (por tabela)?
Nota-se que este dilema não é só de Salles, mas de todo eleitorado paulistano que se auto intitula de DIREITA.
O deputado federal Ricardo Salles (PL-SP) usou as redes sociais neste sábado, 3, para um desabafo. Ele criticou abertamente a postura do presidente nacional da sigla, Valdemar Costa Neto. De acordo com o parlamentar, o dirigente partidário tem ligação com o PT e com o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB).
De acordo com Salles, que tenta viabilizar a sua candidatura para a prefeitura paulistana nas eleições municipais do próximo ano, Valdemar tem um deputado federal e que foi ministro de Dilma Rousseff como elo no relacionamento com petistas e com a gestão Nunes. O parlamentar em questão, segundo Salles, seria Antonio Carlos Rodrigues. Ex-vereador paulistano e ex-senador, Rodrigues foi ministro dos Transportes de janeiro de 2015 a maio de 2016.
“Vou explicar: Valdemar, por meio do deputado Antônio Carlos Rodrigues, ex-ministro da Dilma e atual elo de ligação do PL com o PT, tem uma secretaria e duas subprefeituras na administração Nunes”, postou Salles. “Nunes não apoiou Bolsonaro ano passado e ainda disse ao Estadão não querer ser o candidato da direita”, prosseguiu o congressista.
Salles ainda registrou: está envergonhado com essa situação. “Enfim, para o Centrão é tudo business“, postou ele, “Não são conservadores, nem liberais e nem direita. Muito menos oposição. Jamais serão. Serão sempre governo. Não foi para isso que passamos quatro anos lutando contra a esquerda. Vergonha.”