O argumento do Incra de Lula para apoiar invasões do MST

Órgão ignora o recorde de entrega de títulos de propriedade do governo Bolsonaro

Depois da invasão de sua sede de Minas Gerais pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) do governo Lula divulgou a seguinte nota: “O Incra tem trabalhado pela retomada do programa de reforma agrária no Brasil, paralisado nos últimos anos, e está aberto ao diálogo com toda a sociedade”.

Nesta segunda-feira, 17, ao menos sete sedes do Incra por todo o Brasil foram invadidas pelo MST. Embora o Incra tenha dito que o programa de reforma agrária foi paralisado nos últimos anos, a verdade mostra outra coisa.

O governo Jair Bolsonaro entregou mais títulos de propriedade que os governos anteriores de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff — juntos. Num único mandato, Bolsonaro emitiu mais de 400 mil títulos de propriedade. Nos dois mandatos anteriores de Lula, foram 98 mil títulos de propriedade rural concedidos às famílias assentadas. No governo Dilma, cerca de 125 mil. 

MST dificultou a reforma agrária

No ano passado, o MST dificultou a reforma agrária. Em agosto de 2022, por exemplo, o movimento impediu a entrega de títulos de propriedade a famílias do Estado do Pará.

“O Incra informa que, nesta quinta-feira, 18, foi impedido por representantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra [MST] de entregar Títulos de Domínio para famílias do assentamento Palmares, situado no município de Parauapebas, no Estado do Pará”, comunicou o órgão, na época.

“Representantes caracterizados do movimento manifestaram-se, causando tumulto e impedindo o direito legal dos beneficiários do assentamento de receber o documento definitivo do lote explorado por cada família. Em virtude do fato lamentável, o Incra suspendeu a entrega dos títulos para as famílias, que já poderiam ter sido tituladas desde 2006 e somente agora estão conquistando os seus documentos definitivos.”

Fonte: Revista Oeste

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