Novo governo vem depois de quase nove anos de administração do socialista António Costa, ex-premiê do país
O novo primeiro-ministro de Portugal, Luís Montenegro, apresentou na quinta-feira 28 a composição de seu novo governo. A administração de centro-direita será composta de 17 ministros, incluindo sete mulheres e aliados de confiança nas pastas mais importantes.
A lista foi divulgada no site da Presidência da República Portuguesa depois de uma reunião entre Montenegro e o presidente Marcelo Rebelo de Sousa.
O novo governo, que vem depois de quase nove anos de governo do Partido Socialista, possui o mesmo número de ministérios que o governo liderado por António Costa. A quantidade de secretários de Estado ainda não foi revelada.
A formação da nova administração foi mantida em segredo até o último momento, sem vazamentos sobre os titulares dos ministérios. A posse deve ocorrer no dia 2 de abril.
Devido ao resultado acirrado das eleições, o futuro gabinete será obrigado a governar por decreto, para implementar algumas das medidas incluídas no programa da coalizão de centro-direita nos primeiros meses.
Quem são os novos líderes nomeados pelo primeiro-ministro de Portugal?
Entre os nomes, destacam-se Paulo Rangel, ex-deputado e vice-presidente do Partido Social Democrata (PSD), que se tornará Ministro de Estado e Negócios Estrangeiros, e Joaquim Miranda Sarmento, economista e ex-líder da bancada do partido de centro-direita no Parlamento, que assumirá a pasta de Estado e Finanças.
Pedro Reis, ex-presidente da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal e coordenador interno do partido, vai liderar o Ministério da Economia. Miguel Pinto Luz, vice-presidente do PSD, ficará com a pasta da Infraestrutura e Habitação.
Além disso, o Ministério da Defesa ficará a cargo do presidente do CDS-PP, Nuno Melo, advogado e até então deputado europeu.
Margarida Blasco, ex-diretora do Serviço de Informações e Segurança de Portugal, vai comandar o Ministério da Administração Interna. Rita Judice, advogada, assumirá a pasta da Justiça, enquanto Ana Paula Martins, ex-presidente da Associação dos Farmacêuticos de Portugal, será a responsável pela Saúde.