Em nota, o partido qualificou a escolha do ex-candidato à Presidência como ‘absolutamente incoerente e lamentável’
O Novo condenou o apoio de João Amoêdo, fundador do partido, ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em entrevista à Folha de S. Paulo, divulgada neste sábado, 15, o ex-candidato à Presidência da República disse que votará no petista no segundo turno das eleições deste ano.
Em nota, a legenda afirma que o posicionamento de Amoêdo não representa os ideais do Novo. “É absolutamente incoerente e lamentável a declaração de voto de João Amoêdo em Lula, que sempre apoiou e financiou ditadores e protagonizou os maiores escândalos de corrupção da História”, diz o texto. “Seu posicionamento não representa o Novo e vai contra tudo que defendemos.”
Segundo o Novo, a escolha de Amoêdo “constrange” a instituição, que “se mantém coerente com seus princípios e valores e reforça que Amoêdo não faz mais parte do corpo diretivo do partido desde março de 2020”.
“Apoiar aqueles que aparelharam órgãos de Estado, corromperam nossa democracia e saquearam os cofres públicos é fazer oposição ao povo brasileiro”, ressaltou o partido. “O Novo sempre foi e sempre será oposição ao lulopetismo e a tudo que ele representa.”
É absolutamente incoerente e lamentável a declaração de voto de João Amoêdo em Lula, que sempre apoiou e financiou ditadores e protagonizou os maiores escândalos de corrupção da história.
Seu posicionamento não representa o Partido Novo e vai contra tudo o que sempre defendemos.
“Os fatos, a história recente e o resultado do primeiro turno, que fortaleceram a base de apoio de Bolsonaro, me levam à conclusão de que o atual presidente apresenta um risco substancialmente maior”, disse Amoêdo, em entrevista à Folha de S.Paulo. Entre os supostos riscos que o fizeram desistir de anular o voto, o fundador do Novo menciona uma recente declaração do chefe do Executivo sobre alterar a composição do Supremo Tribunal Federal (STF).
“Bolsonaro confirmou ser não apenas um péssimo gestor, como já prevíamos, mas também uma pessoa sem compaixão com o próximo”, justificou Amoêdo. “Ele é incapaz de dialogar, de assumir suas responsabilidades e não tem compromisso com a verdade. É um governante autocrático, que se coloca acima das instituições.”