A Omicron foi detectada na África do Sul e já preocupa cientistas
A nova variante do coronavírus, batizada de Omicron, surpreendeu os cientistas devido ao número oito vezes maior de mutações ao de outras cepas já classificadas como de preocupação, além da velocidade de contágio.
De acordo com a OMS a variante foi detectada a taxas mais rápidas do que os surtos anteriores de infecção, o que pode indicar que ela tem uma vantagem quando se trata de propagação.
“A omicron tem um conjunto de mutações em número inédito na proteína Spike: são 32 alterações entre mutações e deleções, sendo dez na região RBD [principal sítio de ligação às células e um dos principais alvos de anticorpos]. Nas demais variantes de preocupação, esse número de mutações [na Spike] fica entre três e quatro”, explica a organização.
As vacinas já criadas contra a Covid-19 combatem justamente a proteína Spike, que reveste o coronavírus. As mutações na proteína spike podem afetar a capacidade do vírus de infectar células e se espalhar, mas também dificultar o ataque das células do sistema imunológico sobre o patógeno.
A variante delta, por exemplo, tornou-se mais contagiosa por mutações nessa proteína.
A OMS reconhece que algumas das novas mutações da variante omicron parecem sugerir uma capacidade de transmissão ainda maior do que as cepas anteriores, com casos detectados “em quase todas as províncias sul-africanas”.
Em apenas duas semanas, houve casos confirmados não só na África do Sul mas também na vizinha Botswana, em Hong Kong (China) e na Bélgica.
As variantes de risco são seguidas de forma mais intensa pela OMS e laboratórios globais, e além do omicron existem quatro outras: alfa (detectado pela primeira vez no Reino Unido), beta (também na África do Sul), gama (Brasil) e delta ( Índia).