O diálogo, extremamente absurdo, irresponsável e repleto de narrativas tem como foco, ainda que sem citar nomes, Jair Bolsonaro
O ex-jogador e atual comentarista esportivo na Rede Globo, Walter Casagrande Jr., voltou a atacar o governo federal, desta vez durante o programa Encontro, apresentado por Fátima Bernardes.
E o motivo é o assassinato do jornalista Dom Phillips e do indigenista Bruno Pereira, no Amazonas.
Casagrande, disse que era preciso investigar os culpados, fazendo uma analogia ao assassinato da ex-vereadora do Rio de Janeiro, Marielle Franco, no que denominou como ‘perversidade do governo’:
“Eu queria falar para a família dessas pessoas que o Brasil não é perverso e o Brasil não é psicopata. O Brasil está perverso e está psicopata, pois temos um governo covarde, mentiroso, perverso e muito cruel. Então a crueldade esta tendo aval e as pessoas não estão tendo medo mais de ser cruel. Elas não têm medo de ofender, de atacar, de ser racista, de ser homofóbico, de ser preconceituoso. Está tudo assinado e com aval.”
A apresentadora ainda complementou: “E quando não tem punição, quando a gente passa mais de ano sem ter punição, estimula mesmo, encoraja as pessoas”, disse Fátima,
O diálogo, extremamente absurdo, irresponsável e repleto de narrativas tem como foco, ainda que sem citar nomes, Jair Bolsonaro, ao tentar ligar o governo aos crimes, como se ‘houvesse interesse particular’, pessoal nos casos..
Casagrande e Fátima, entretanto, parecem ter esquecido de analisar os fatos reais, como a redução drástica da criminalidade e dos assassinatos no Brasil, desde que Bolsonaro assumiu o Palácio do Planalto, em janeiro de 2018.
O recorde de apreensão de drogas, também neste período, causando sérios prejuízos ao crime organizado e ao tráfico, o que talvez incomode os dependentes e, quem sabe, os ex-dependentes químicos.
E, principalmente, eles parecem não ter observado que, tanto o caso de Marielle, com prisões e investigações em curso, quanto o do recente crime de assassinato, na floresta amazônica – também com réus confessos – estão na mira da segurança pública, que busca desvendá-los integralmente.
Vale ressaltar ainda que, enquanto a opinião pública esquerdopata pressiona e explora eleitoralmente o caso, afirmando que o governo nada fez, Dom Phillips e Bruno Pereira entraram sozinhos, em uma área na fronteira com o Peru, de densa floresta e considerada uma das mais perigosas do mundo, o que deve mesmo ter levado à morte deles.
Fato que obriga o governo a gastar rios de dinheiro na busca, mobilizando tropas, equipamentos e uma pesada logística.
Enquanto isso, no Brasil cerca de 60 mil pessoas desaparecem todos os anos, sem deixar pistas ou causar a comoção atual.
Poderíamos até citar aqui o caso da religiosa e ativista Dorothy Stang, assassinada na Amazônia em 2005. O caso, foi desvendado, com o assassino julgado e condenado somente cinco anos depois e, enfim, preso em 2017, após esgotados todos os recursos. À época da morte, o ex-presidiário Lula, então presidente, não foi acusado de assassino, perverso ou psicopata.
Lula, aliás, se enquadra com perfeição no quadro descrito por Fátima Bernardes e Casagrande, preocupados com a falta de punição da justiça contra os que cometeram crimes no Brasil.