A juíza Beatriz Guimarães, do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, determinou que o Twitter e a ‘jornalista’ Patrícia Lélis excluam publicações referentes a um vídeo falsamente atribuído ao deputado federal eleito Nikolas Ferreira (PL-MG).
Guimarães determinou multa diária de R$ 500, limitada a R$ 20 mil, caso os conteúdos não sejam excluídos em até 48 horas.
A palavra jornalista está entre aspas porque não temos registro de nenhum trabalho jornalístico executado por Patrícia Lelis.
Patrícia já ocupou a manchetes em várias ocasiões, mas o assunto é o mesmo: ela teria sofrido assédio por parte de deputados federais. Isso mesmo, no plural.
A magistrada aceitou pedido da defesa de Nikolas Ferreira, cujo argumento foi pautado no fato de que o vereador e deputado federal eleito foi alvo de “fake news com conteúdo difamatório, vexatório”, relacionando o parlamentar a um ator homossexual “no intuito de macular a honra e o decoro do mesmo”.
“Com base nas fotos juntadas com a inicial, é possível verificar que um usuário denominado @lelispatricia publicou em sua conta do Twitter montagens de fotos com imagem de pornografia junto a fotos do promovente [Nikolas]”, escreveu a juíza.
Nikolas foi alvo de uma campanha de difamação no Twitter promovida principalmente pelo deputado federal André Janones (Avante-MG) e por Lélis. Os dois compartilharam imagens e mensagens falsas nas quais afirmavam que Nikolas seria homossexual e estaria em um vídeo pornográfico.
O parlamentar, porém, comprovou que estava sendo vítima de um ataque orquestrado e mostrou as provas em suas redes sociais. Nas redes sociais, ele chamou a esquerda de “canalha” e criticou as “montagens e mentiras” das quais foi vítima.
“A esquerda é muito canalha! Estou recebendo vários ataques, montagens e mentiras. Usaram até imagens de um ator gay dizendo que sou eu, mas a própria base desmentiu”, disse.