Primeiro-ministro isralense pediu aos palestinos que deixem a região
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou neste sábado que o Exército israelense utilizará “todo o seu poder” para destruir o Hamas e pediu aos palestinos para que abandonem a Faixa de Gaza, avisando que reduzirá os esconderijos dos milicianos a “escombros”.
“As Forças de Defesa de Israel estão prestes a utilizar todo o seu poder para destruir as capacidades do Hamas”, declarou Netanyahu, em discurso transmitido pela televisão nesta noite, o segundo desde que o movimento islâmico Hamas, que governa o enclave, surpreendeu Israel com um ataque terrestre, aéreo e marítimo durante a manhã.
“Destruiremos e vingaremos com força este dia negro que impuseram ao Estado de Israel e aos seus cidadãos”, destacou.
Além disso, o primeiro-ministro israelense pediu aos habitantes de Gaza para que deixassem a faixa diante da iminente ofensiva.
“Digo aos residentes de Gaza: saiam agora porque agiremos com força. Todos os locais onde o Hamas estiver implantado, escondido e operando, iremos transformá-los em ilhas de escombros”, advertiu.
No entanto, os habitantes de Gaza não têm qualquer possibilidade de abandonar o enclave – governado de fato pelo Hamas, um movimento considerado terrorista pelo governo israelense, Estados Unidos e União Europeia (UE) – uma vez que está bloqueado pelo Egito e por Israel. Assim, poucos habitantes de Gaza conseguem obter licenças para sair da faixa.
Por outro lado, Netanyahu agradeceu aos líderes de EUA – seu principal parceiro -, França e Reino Unido por manifestarem apoio a Israel.
Chamando os acontecimentos deste sábado de “nunca vistos antes em Israel”, o primeiro-ministro de Israel prometeu vencer a guerra, embora tenha advertido que “o preço será alto”.
Entretanto, o ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, decidiu estender a situação de emergência a todo o país e não apenas em um raio de 80 quilômetros da Faixa de Gaza, como tinha feito anteriormente.
Por seu lado, o Conselho de Segurança Nacional advertiu os israelenses que vivem no exterior para estarem alertas aos ataques contra judeus relacionados com a escalada atual.
Cerca de 300 pessoas morreram em Israel como resultado de múltiplas agressões por parte do Hamas.