O ex-ajudante de Bolsonaro ficou em silêncio durante toda a sessão
O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, se manteve em silêncio durante toda a reunião da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que apura os atos do 8 de janeiro.
Preso por suposta manipulação no cartão de vacinação dele, da esposa e filhas, o militar ganhou apoio dos deputados e senadores da oposição que o consideram um preso político.
O senador Jorge Seif (PL-SC) foi um dos que fez um discurso em favor de Cid, considerando-o um perseguido do ministro Alexandre de Moraes. Para o parlamentar, ao prendê-lo por uma questão, buscaram de todas as formas encontrar provas contra Bolsonaro, para quem o tenente-coronel trabalhava.
“Você é um preso político. Você é um perseguido político. Tem muitos 171, do Código Penal, soltos no Brasil. E você, por um cartão de vacina, que prejudica a si próprio, te prendem para procurar tua vida toda, para no final alcançar o ex-presidente Jair Bolsonaro”, declarou.
O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) também falou nesse mesmo sentido. Para o mineiro, enquanto grandes criminosos estão soltos, Mauro Cid está há mais de 70 dias sob suspeita de fraudar cartão de vacina.
“Coronel Cid, o senhor é um preso político. Se o seu nome fosse Ana Carolina Jatobá, que jogou uma criança de 5 anos da janela, o senhor estaria solto. Se o seu nome fosse Elize Matsunaga, que matou e esquartejou seu marido, o senhor estaria solto. Se o seu nome fosse André do Rap, traficante internacional, o senhor também estaria solto. Se o seu nome fosse Sérgio Cabral, condenado a 400 anos por propina e corrupção…”, iniciou Ferreira.
O deputado federal Filipe Barros (PL-PR) também saiu em defesa do depoente. Para o parlamentar, chegaram com uma narrativa pronta e estão procurando provas para validar essas ideias.
“Não é minimamente razoável que uma pessoa esteja presa há 70 dias por falsificação de documento. Não é possível que alguém, em sã consciência, ache normal que ele siga preso de forma preventiva. Essas prisões são torturas”, declarou.